segunda-feira, 18 de agosto de 2014

5 atitudes para uma cidade melhor



Em uma cidade com mais de 4,3 mil pontos viciados, segundo dados da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), que regula a limpeza pública na capital paulista, não faltam fotos e denúncias para tirar das sombras as situações de descarte irregular, estimulando soluções para uma cidade mais limpa, organizada, bonita e saudável. Um bom começo é imaginar a cidade como uma casa em grande escala: se não há cooperação, por mais que alguém limpe, sempre haverá louça suja e roupas espalhadas.   

Pensando nos problemas que mais dificultam a coleta domiciliar na cidade, a Loga Logística Ambiental de São Paulo aponta cinco atitudes que todos devem ter em mente na hora de descartar o resíduo. A Loga – Logística Ambiental de São Paulo S.A. é a concessionária é responsável pela coleta e disposição dos resíduos domiciliares e de serviço de saúde do Agrupamento Noroeste da cidade, que compreende 13 subprefeituras das zonas Norte, Oeste, Centro e parte da Leste. Com 1,9 mil colaboradores e uma frota de 212 veículos, coleta diariamente cerca de 6 mil toneladas de resíduos e atende 1,5 milhão de residências, beneficiando por volta de 7 milhões de habitantes, incluída a população flutuante.
Confira.

Ao fechar o saco de lixo, não o encha demais e amarre bem. Assim, ele não se rompe e o coletor consegue segurar pelo nó para jogá-lo no caminhão. Evite também colocar líquidos que possam vazar, causando mau cheiro, atraindo insetos e sujando a calçada.
Ponha o saco em frente ao seu portão ou no contêiner disponível para esse fim. É proibido por lei realizar descartes em terrenos baldios e áreas públicas, como canteiros centrais, esquinas e praças. O descarte nesses locais expõe o coletor a riscos de atropelamento, dificulta a parada do caminhão, aumenta a geração de pontos viciados e desrespeita um espaço que é de todos. É bom lembrar ainda que o contêiner disponível em ruas às quais o caminhão não tem acesso deve ser usado apenas para descarte de resíduo domiciliar. Entulho, sofás, colchões, carcaças de móveis e eletrodomésticos devem ser levados ao ecoponto mais próximo, para terem um destino correto.
Coloque o lixo para fora apenas duas horas antes da coleta. Se ela acontecer na madrugada ou em um horário no qual que você estará fora, ponha o lixo na calçada o mais tarde possível para diminuir o tempo de exposição à ação de catadores e animais que possam rasgar os sacos em busca de recicláveis ou alimentos.
Não faça descarte nos finais de semana, se não houver coleta na sua rua aos sábados e domingos. Se ninguém vai coletar, para que expor esse resíduo? Além de causar má aparência para o lugar onde você mora, é maior o risco de o saco ser rasgado, romper-se ou ser carregado para o bueiro por uma chuva.
Jamais descarte o resíduo domiciliar junto das papeleiras da cidade ou em pontos com acúmulo de entulho, móveis e outros grandes objetos. Além de proibido, os serviços de coleta domiciliar e de varrição/zeladoria são realizados por empresas diferentes.

Será que o caminhão passou?
O caminhão segue um plano de trabalho estabelecido pela Amlurb. Possui computador de bordo e sai da garagem com um mapa para que a rota seja cumprida sem falhas. Dia e noite, seus trajetos e paradas são acompanhados em tempo real, via GPS, pela central de monitoramento da Loga.

É ilegal e dá multa
O descarte fora do horário ou em áreas públicas é ilegal e expõe a multas que podem chegar a R$ 14.325,75, de acordo com as leis 13.478/2002 e 15.244/2010. Estabelecimentos comerciais que produzem mais de 200 litros diários de resíduos não são atendidos pela coleta domiciliar e devem contratar coleta particular. O descumprimento dessa regra pode acarretar multa de até R$ 4.775,24. Os casos de descarte irregular devem ser denunciados para o telefone 156.

sábado, 2 de agosto de 2014

Termina hoje prazo para que municípios acabem com lixões

Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil* Edição: Fábio Massalli
Lixão da Estrutural
Municípios têm até este sábado (2) para acabar com lixões e substituí-los por aterros sanitáriosArquivo/Wilson Dias/Agência Brasil
O prazo para que os municípios cumpram a determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos de acabar com os lixões e armazenar os resíduos sólidos em aterros sanitários encerra hoje (2), mas menos da metade deles tem destinação adequada do lixo.
O Brasil tem atualmente 2.202 municípios com aterros sanitários, o que representa 39,5% das cidades do país. Apesar de mais da metade das cidades ainda terem lixões, 60% do volume de resíduos já está com destinação adequada.
Na última quinta-feira (31) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, informou que o governo federal não vai estender o prazo para que os municípios acabem com os lixões.Segundo ela, uma ampliação pode ser discutida no Congresso Nacional e a repactuação do prazo para a adequação deve vir acompanhada de um debate ampliado sobre a lei, levando em conta a realidade e a lógica econômica de cada município.
“A necessidade de repactuar o prazo deve ser tratada no Congresso Nacional. O governo apoia uma discussão ampliada sobre a lei. Ampliar o prazo sem considerar todas as questões é insuficiente”, avalia a ministra.

Quem não cumprir a legislação estará submetido às punições previstas na Lei de Crimes Ambientais, que prevê multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões. Umas das alternativas para as cidades que não cumpriram a meta seria buscar um acordo com o Ministério Público, que fiscaliza a execução da lei, e firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
“Aqueles que demostrem interesse de cumprir as obrigações, que firmem acordo com o Ministério Público. Se não fizer absolutamente nada, nem tomar providências, nem assinarem o TAC, vão responder por ação civil pública, por improbidade administrativa e crime ambiental”, explica a  a procuradora do Trabalho do Paraná e coordenadora do projeto Encerramento dos Lixões e Inclusão Social e Produtiva de Catadores de Materiais Recicláveis do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Margaret Matos de Carvalho.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovada em 2010 e determina que todos os lixões do país deverão ser fechados até a data de hoje. Pela lei, o lixo terá que ser encaminhado para um aterro sanitário, forrado com manta impermeável, para evitar a contaminação do solo. O chorume deve ser tratado e o gás metano terá que ser queimado.
Nos últimos quatro anos, desde que a política foi aprovada, o governo federal disponibilizou R$ 1,2 bilhão para municípios e estados para ações de destinação de resíduos sólidos, incluindo a elaboração de planos e investimentos em aterros. Segundo a ministra Izabella Teixeira, menos de 50% desses recursos foram executados, por causa de situações de inadimplência de municípios ou dificuldades operacionais.
* Colaboraram Sabrina Craide e Andreia Verdélio

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Mackenzie Campinas lança Programa Sustentável

Abertura da Exposição na próxima segunda-feira (26) oficializará o Programa Ciente da sua responsabilidade socioambiental a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) adotou como escopo a sustentabilidade. Além do tripés convencionais como, Ensino, Pesquisa e Extensão, a instituição realiza várias ações, atividades e projetos voltados à prática e ao desenvolvimento sustentável. Um exemplo disso foi o programa intitulado “MAR – Mackenzie Ambientalmente Responsável”, implantado em 2007, que contou com diversas ações até o ano de 2010. Seguindo a semente plantada anteriormente, neste ano, o campus Campinas da UPM, promove o projeto socioambiental “Fazendo o Nosso Papel”. O projeto que também abarca o “Tripé da Universidade” disponibiliza vários coletores de papel pelo campus (salas de aulas, departamento administrativo, corredores e outros lugares). Segundo a professora e engenheira florestal Rosani Novaes, coordenadora do projeto, os materiais coletados são disponibilizados para cooperativas recicladoras que os reutilizam. “Dentro dessa nova perspectiva socioambiental trabalhamos com as cooperativas da região de Campinas. Uma delas é a Cooperativa Santa Genebra, que se identificou com a proposta do projeto e vem colaborando com o Mackenzie”, explica. Ainda nessa perspectiva, estão sendo desenvolvidos dois projetos. No projeto “Vida Melhor e Mais Longa”, em parceria com a Tetra Pak, serão coletados cartonados utilizados para fazer embalagens e outros materiais; e no projeto “Arvorecer”, será feito um estudo de espécies adequadas para plantio em ambientes públicos, como calçadas e beiras de rios. Na ação, 70 alunos dos cursos de Engenheiras Civil e Produção, juntamente com comunidade irão trabalhar em parceria em busca de um benefício comum. A área verde do “campus” também está sendo revitalizada com maiores cuidados com a jardinagem e arborização. “A exemplo do que aconteceu em 2009, dentro do projeto MAR, quando foram plantadas 150 árvores no bosque do campus Alphaville, efetivamente vamos fazer plantios em Campinas. Não é só um projeto teórico. Estamos nos preparando para começar em setembro, o plantio de árvores e espécies nativas, com a comunidade e o poder público. Nosso objetivo é criar bosques e recompor matas ciliares na região de Campinas”, ressalta a engenheira florestal Rosani Novaes. As ações socioambientais inclusas no escopo acadêmico da universidade não se limitam apenas aos projetos citados. Para conscientizar todos os públicos do Mackenzie Campinas, foi elaborada uma campanha intitulada “DEZ Pró-Ambiente”. Conforme Rosani, a ideia é mostrar que DEZ significa o todo, e que mesmo realizando ações, políticas e eventos, a sociedade ainda está mais perto do zero do que do dez, e que somente com a elaboração e continuidade de projetos socioambientais podemos chegar próximos desse todo. A campanha contará com palestras e exposições, durante 10 dias que começarão no dia 26 deste mês e encerrarão no dia 5 de junho, “Dia Mundial do Meio Ambiente”. Com o titulo, “DEZ Pró-Ambiente - Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – uma região a ser restaurada”, a exposição realizada pelos alunos dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia de Produção da disciplina Ciências do Ambiente, desperta a atenção para degradação do meio ambiente e suas ações no ecossistema. A mostra terá sua abertura oficial na próxima segunda-feira (26) às 12h, na Avenida Brasil, 1220 - Jardim Guanabara – Campinas. A visitação é gratuita e está aberta ao público de segunda a sexta-feira das 10h às 16h. Além da exposição, a abertura oficial contará com a presença de Juliana Seidel, especialista sênior de Desenvolvimento Ambiental da Tetra Pak e Sérgio Hornink, tecnólogo ambiental da CETESB, que ministrarão palestras. A diretora executiva da AGEMCAMP - Agência Metropolitana de Campinas, Ester Viana, também participará do evento, iniciando uma interlocução com os prefeitos e lideranças da RMC. A abertura oficial ainda contará com a presença do Dr. Benedito Guimarães Neto Aguiar, reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Com as ações e projetos realizados, o Mackenzie tem como intuito a promoção do pensamento sustentável, alicerçado pela integração e desenvolvimento social. “Quando a sociedade está fazendo ela cobra dos seus governantes. Isso que nos alenta no sentido de que a Universidade seja propulsora deste ideário”, afirma a engenheira.