terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Mizumo auxilia o projeto sustentável da Comgás



Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) foi em busca de soluções modernas e ambientalmente corretas para a construção em seu site e optou pelo sistema compacto de tratamento de esgoto sanitário da Mizumo, referência nacional em soluções para tratamento de esgoto sanitário e integrante do Grupo Jacto.

O contrato entre as empresas foi firmado em agosto de 2006, época em que a Comgás restaurou sua sede no Complexo do Gasômetro, que fica no bairro do Brás, em São Paulo. A área é tombada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e, além de preservar os detalhes originais, foram implantadas tecnologias que tornaram o prédio um edifício autossustentável. Características técnicas, custo de aquisição e manutenção foram fatores primordiais para a escolha da Mizumo no processo de concorrência. 

Para obter um projeto eficiente, foi dimensionado o sistema da linha Mizumo Plus, que está instalado no subsolo e em funcionamento há nove anos. Sua capacidade de tratamento atende a vazão total de 60 m³/dia, o que representa, em média, 700 usuários. A estação compacta Mizumo Plus oferece economia no consumo de água potável e conservação dos recursos hídricos, trazendo os benefícios ambientais almejados pela Comgás. O projeto contempla o reúso e o efluente tratado é misturado à água coletada das chuvas, para utilização nas bacias sanitárias. 

"Com a implantação da ETE Mizumo, contribuímos com o meio ambiente e evitamos a poluição. Em função do reúso, a Comgás deixa de utilizar cerca de 10.000 (dez mil) litros/dia de água potável", conta José Amauri Bianco, engenheiro de manutenção/obras da Comgás. Segundo ele, existe a possibilidade de novos contratos com a Mizumo. "A empresa fez um projeto bem elaborado e eficiente, tanto que idealizamos outros contratos em sites que estão em processo de reforma", conclui. 

"O prédio da Comgás foi restaurado seguindo os princípios de uma construção sustentável, e para a Mizumo fazer parte desse projeto é uma confirmação do nosso propósito, que é melhorar o ambiente em que vivemos", diz Adriano Gagliardi Colabono, supervisor comercial da Mizumo. "Empreendimentos que adotam o reúso para uso geral contribuem para reduzir a demanda sobre os mananciais e isso, além de diminuir significativamente os gastos com água, faz com que um recurso natural – potável –, que está cada vez mais escasso, seja economizado, caracterizando-se como uma ação social e ambientalmente das mais corretas", completa.


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

5 atitudes para uma cidade melhor



Em uma cidade com mais de 4,3 mil pontos viciados, segundo dados da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), que regula a limpeza pública na capital paulista, não faltam fotos e denúncias para tirar das sombras as situações de descarte irregular, estimulando soluções para uma cidade mais limpa, organizada, bonita e saudável. Um bom começo é imaginar a cidade como uma casa em grande escala: se não há cooperação, por mais que alguém limpe, sempre haverá louça suja e roupas espalhadas.   

Pensando nos problemas que mais dificultam a coleta domiciliar na cidade, a Loga Logística Ambiental de São Paulo aponta cinco atitudes que todos devem ter em mente na hora de descartar o resíduo. A Loga – Logística Ambiental de São Paulo S.A. é a concessionária é responsável pela coleta e disposição dos resíduos domiciliares e de serviço de saúde do Agrupamento Noroeste da cidade, que compreende 13 subprefeituras das zonas Norte, Oeste, Centro e parte da Leste. Com 1,9 mil colaboradores e uma frota de 212 veículos, coleta diariamente cerca de 6 mil toneladas de resíduos e atende 1,5 milhão de residências, beneficiando por volta de 7 milhões de habitantes, incluída a população flutuante.
Confira.

Ao fechar o saco de lixo, não o encha demais e amarre bem. Assim, ele não se rompe e o coletor consegue segurar pelo nó para jogá-lo no caminhão. Evite também colocar líquidos que possam vazar, causando mau cheiro, atraindo insetos e sujando a calçada.
Ponha o saco em frente ao seu portão ou no contêiner disponível para esse fim. É proibido por lei realizar descartes em terrenos baldios e áreas públicas, como canteiros centrais, esquinas e praças. O descarte nesses locais expõe o coletor a riscos de atropelamento, dificulta a parada do caminhão, aumenta a geração de pontos viciados e desrespeita um espaço que é de todos. É bom lembrar ainda que o contêiner disponível em ruas às quais o caminhão não tem acesso deve ser usado apenas para descarte de resíduo domiciliar. Entulho, sofás, colchões, carcaças de móveis e eletrodomésticos devem ser levados ao ecoponto mais próximo, para terem um destino correto.
Coloque o lixo para fora apenas duas horas antes da coleta. Se ela acontecer na madrugada ou em um horário no qual que você estará fora, ponha o lixo na calçada o mais tarde possível para diminuir o tempo de exposição à ação de catadores e animais que possam rasgar os sacos em busca de recicláveis ou alimentos.
Não faça descarte nos finais de semana, se não houver coleta na sua rua aos sábados e domingos. Se ninguém vai coletar, para que expor esse resíduo? Além de causar má aparência para o lugar onde você mora, é maior o risco de o saco ser rasgado, romper-se ou ser carregado para o bueiro por uma chuva.
Jamais descarte o resíduo domiciliar junto das papeleiras da cidade ou em pontos com acúmulo de entulho, móveis e outros grandes objetos. Além de proibido, os serviços de coleta domiciliar e de varrição/zeladoria são realizados por empresas diferentes.

Será que o caminhão passou?
O caminhão segue um plano de trabalho estabelecido pela Amlurb. Possui computador de bordo e sai da garagem com um mapa para que a rota seja cumprida sem falhas. Dia e noite, seus trajetos e paradas são acompanhados em tempo real, via GPS, pela central de monitoramento da Loga.

É ilegal e dá multa
O descarte fora do horário ou em áreas públicas é ilegal e expõe a multas que podem chegar a R$ 14.325,75, de acordo com as leis 13.478/2002 e 15.244/2010. Estabelecimentos comerciais que produzem mais de 200 litros diários de resíduos não são atendidos pela coleta domiciliar e devem contratar coleta particular. O descumprimento dessa regra pode acarretar multa de até R$ 4.775,24. Os casos de descarte irregular devem ser denunciados para o telefone 156.

sábado, 2 de agosto de 2014

Termina hoje prazo para que municípios acabem com lixões

Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil* Edição: Fábio Massalli
Lixão da Estrutural
Municípios têm até este sábado (2) para acabar com lixões e substituí-los por aterros sanitáriosArquivo/Wilson Dias/Agência Brasil
O prazo para que os municípios cumpram a determinação da Política Nacional de Resíduos Sólidos de acabar com os lixões e armazenar os resíduos sólidos em aterros sanitários encerra hoje (2), mas menos da metade deles tem destinação adequada do lixo.
O Brasil tem atualmente 2.202 municípios com aterros sanitários, o que representa 39,5% das cidades do país. Apesar de mais da metade das cidades ainda terem lixões, 60% do volume de resíduos já está com destinação adequada.
Na última quinta-feira (31) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, informou que o governo federal não vai estender o prazo para que os municípios acabem com os lixões.Segundo ela, uma ampliação pode ser discutida no Congresso Nacional e a repactuação do prazo para a adequação deve vir acompanhada de um debate ampliado sobre a lei, levando em conta a realidade e a lógica econômica de cada município.
“A necessidade de repactuar o prazo deve ser tratada no Congresso Nacional. O governo apoia uma discussão ampliada sobre a lei. Ampliar o prazo sem considerar todas as questões é insuficiente”, avalia a ministra.

Quem não cumprir a legislação estará submetido às punições previstas na Lei de Crimes Ambientais, que prevê multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões. Umas das alternativas para as cidades que não cumpriram a meta seria buscar um acordo com o Ministério Público, que fiscaliza a execução da lei, e firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
“Aqueles que demostrem interesse de cumprir as obrigações, que firmem acordo com o Ministério Público. Se não fizer absolutamente nada, nem tomar providências, nem assinarem o TAC, vão responder por ação civil pública, por improbidade administrativa e crime ambiental”, explica a  a procuradora do Trabalho do Paraná e coordenadora do projeto Encerramento dos Lixões e Inclusão Social e Produtiva de Catadores de Materiais Recicláveis do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Margaret Matos de Carvalho.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovada em 2010 e determina que todos os lixões do país deverão ser fechados até a data de hoje. Pela lei, o lixo terá que ser encaminhado para um aterro sanitário, forrado com manta impermeável, para evitar a contaminação do solo. O chorume deve ser tratado e o gás metano terá que ser queimado.
Nos últimos quatro anos, desde que a política foi aprovada, o governo federal disponibilizou R$ 1,2 bilhão para municípios e estados para ações de destinação de resíduos sólidos, incluindo a elaboração de planos e investimentos em aterros. Segundo a ministra Izabella Teixeira, menos de 50% desses recursos foram executados, por causa de situações de inadimplência de municípios ou dificuldades operacionais.
* Colaboraram Sabrina Craide e Andreia Verdélio

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Mackenzie Campinas lança Programa Sustentável

Abertura da Exposição na próxima segunda-feira (26) oficializará o Programa Ciente da sua responsabilidade socioambiental a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) adotou como escopo a sustentabilidade. Além do tripés convencionais como, Ensino, Pesquisa e Extensão, a instituição realiza várias ações, atividades e projetos voltados à prática e ao desenvolvimento sustentável. Um exemplo disso foi o programa intitulado “MAR – Mackenzie Ambientalmente Responsável”, implantado em 2007, que contou com diversas ações até o ano de 2010. Seguindo a semente plantada anteriormente, neste ano, o campus Campinas da UPM, promove o projeto socioambiental “Fazendo o Nosso Papel”. O projeto que também abarca o “Tripé da Universidade” disponibiliza vários coletores de papel pelo campus (salas de aulas, departamento administrativo, corredores e outros lugares). Segundo a professora e engenheira florestal Rosani Novaes, coordenadora do projeto, os materiais coletados são disponibilizados para cooperativas recicladoras que os reutilizam. “Dentro dessa nova perspectiva socioambiental trabalhamos com as cooperativas da região de Campinas. Uma delas é a Cooperativa Santa Genebra, que se identificou com a proposta do projeto e vem colaborando com o Mackenzie”, explica. Ainda nessa perspectiva, estão sendo desenvolvidos dois projetos. No projeto “Vida Melhor e Mais Longa”, em parceria com a Tetra Pak, serão coletados cartonados utilizados para fazer embalagens e outros materiais; e no projeto “Arvorecer”, será feito um estudo de espécies adequadas para plantio em ambientes públicos, como calçadas e beiras de rios. Na ação, 70 alunos dos cursos de Engenheiras Civil e Produção, juntamente com comunidade irão trabalhar em parceria em busca de um benefício comum. A área verde do “campus” também está sendo revitalizada com maiores cuidados com a jardinagem e arborização. “A exemplo do que aconteceu em 2009, dentro do projeto MAR, quando foram plantadas 150 árvores no bosque do campus Alphaville, efetivamente vamos fazer plantios em Campinas. Não é só um projeto teórico. Estamos nos preparando para começar em setembro, o plantio de árvores e espécies nativas, com a comunidade e o poder público. Nosso objetivo é criar bosques e recompor matas ciliares na região de Campinas”, ressalta a engenheira florestal Rosani Novaes. As ações socioambientais inclusas no escopo acadêmico da universidade não se limitam apenas aos projetos citados. Para conscientizar todos os públicos do Mackenzie Campinas, foi elaborada uma campanha intitulada “DEZ Pró-Ambiente”. Conforme Rosani, a ideia é mostrar que DEZ significa o todo, e que mesmo realizando ações, políticas e eventos, a sociedade ainda está mais perto do zero do que do dez, e que somente com a elaboração e continuidade de projetos socioambientais podemos chegar próximos desse todo. A campanha contará com palestras e exposições, durante 10 dias que começarão no dia 26 deste mês e encerrarão no dia 5 de junho, “Dia Mundial do Meio Ambiente”. Com o titulo, “DEZ Pró-Ambiente - Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – uma região a ser restaurada”, a exposição realizada pelos alunos dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia de Produção da disciplina Ciências do Ambiente, desperta a atenção para degradação do meio ambiente e suas ações no ecossistema. A mostra terá sua abertura oficial na próxima segunda-feira (26) às 12h, na Avenida Brasil, 1220 - Jardim Guanabara – Campinas. A visitação é gratuita e está aberta ao público de segunda a sexta-feira das 10h às 16h. Além da exposição, a abertura oficial contará com a presença de Juliana Seidel, especialista sênior de Desenvolvimento Ambiental da Tetra Pak e Sérgio Hornink, tecnólogo ambiental da CETESB, que ministrarão palestras. A diretora executiva da AGEMCAMP - Agência Metropolitana de Campinas, Ester Viana, também participará do evento, iniciando uma interlocução com os prefeitos e lideranças da RMC. A abertura oficial ainda contará com a presença do Dr. Benedito Guimarães Neto Aguiar, reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Com as ações e projetos realizados, o Mackenzie tem como intuito a promoção do pensamento sustentável, alicerçado pela integração e desenvolvimento social. “Quando a sociedade está fazendo ela cobra dos seus governantes. Isso que nos alenta no sentido de que a Universidade seja propulsora deste ideário”, afirma a engenheira.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Itaipu doa onça-pintada para Zoológico Municipal de Foz do Iguaçu

 

O animal vai para o Bosque Guarani, onde ganhará recinto próprio.

Tonhão, uma das quatro onças pintadas do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV) de Itaipu, vai ser doado para o Zoológico Municipal de Foz do Iguaçu. Não é uma decisão unilateral. A transferência, autorizada pelo Ibama, dará mais conforto ao animal, que hoje está com 18 anos de idade e pesa mais de 90 quilos.

O translado deve acontecer na próxima quarta-feira (20). O horário ainda será confirmado. A transferência atende ao pedido da Prefeitura de Foz do Iguaçu. Mesmo na casa nova Tonhão continuará recebendo toda a atenção do pessoal do RBV. O Hospital Veterinário estará à disposição para eventuais tratamentos da onça.

Wanderlei, Rosana e Zalmir: "os cuidados com o Tonhão continuarão. Mesmo longe, manteremos contato e estaremos à disposição para eventuais tratamentos médicos".

Um recinto especial – com espaço bem maior do que o local onde ele vive hoje – foi preparado para recepcionar o felino. Tonhão deve virar a atração principal do local, já que a onça-pintada é animal símbolo tanto do zoo quanto do Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu.

Tonhão está na Itaipu desde agosto de 2007. Foi a segunda onça-pintada trazida para o RBV. A onça macho foi transferida do zoológico das Centrais Elétricas de São Paulo (Cesp), de Ilha Solteira. Na época, o animal, que até então era chamado de Tonho, era considerado a principal esperança de procriação de Juma, a primeira onça do RBV.

 

O apelido no superlativo se deu em função do porte atlético do felino. Tonhão virou namorado de Juma, mas o acasalamento não resultou em filhotes. Depois do casal, o refúgio recebeu Valente e mais recentemente a onça Beyonça. Os dois foram resgatados na natureza.

Tonhão

Há duas semanas, o animal foi submetido a um procedimento de retirada de sêmen. Todo o material genético foi congelado em nitrogênio, a -196 graus Celsius, e armazenado no banco de germoplasma da Itaipu, para projetos futuros de reprodução.O trabalho, realizado no Hospital Veterinário do RBV, mobilizou um pequeno batalhão de profissionais e estudantes.

O pessoal do Refúgio aproveitou que Tonhão estava sedado para fazer um check-up. Um pouco de sangue foi coletado para exame laboratorial, as garras foram analisadas e os dentes receberam limpeza de tártaro e polimento. Ele também foi submetido a um eletrocardiograma.

Outras onças

Juma tem 20 anos e há onze anos vive no RBV. Antes disso, ela vivia na natureza, na região do Parque Nacional do Iguaçu, onde as onças costumam ser alvo de caçadores. Outro felino da mesma família é Valente, como foi batizado pelos próprios empregados da usina.

Valente tem seis anos e foi encontrado em uma fazenda do Mato Grosso do Sul, ainda filhotinho. Ele chegou ao refúgio poucas semanas antes de Tonhão.

Beyonça – um trocadilho com o nome da cantora norte-americana Beyoncè, é a caçula do grupo. Ela foi capturada na Ilha de Marajó (PA) e encaminhada para Foz do Iguaçu no dia 30 de agosto.

A ideia é que ela, no futuro, seja integrada ao programa de reprodução da unidade. Única fêmea adulta do RBV, Juma não está mais em fase reprodutiva. A idade reprodutiva das fêmeas é de dois aos 12 anos. Em cativeiro, esses animais podem viver até os 25 anos.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Florestas: Territ rio em disputa

 
 

Território em Disputa

A economia verde versus a economia baseada nas comunidades. Uma história dos povos da Mata Atlântica no sul do Brasil.

 

 

 

 

Estamos relançando este vídeo recente, produzido pelo Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais, que já está disponível em quatro idiomas: inglês, espanhol, francês e português. Ele fala dos impactos do REDD + e dos projetos de "economia verde" para os povos da floresta, bem de como sua luta contra esses projetos, com o objetivo de recuperar seu território.

 

O vídeo está disponível em www.wrm.org.uy

 

A Assembléia Geral da ONU proclamou o 21 de março como Dia Internacional das Florestas. Ao propor este novo dia internacional, a ONU está tentando conscientizar sobre a importância de todos os tipos de florestas. No entanto, a Organização deveria conscientizar, em primeiro lugar, sobre o fato de que as florestas, em todo o mundo, são territórios cada vez mais disputados.

 

Há dois pólos claros nessa disputa. De um lado, os cerca de 300 milhões de pessoas que dependem diretamente das florestas. Essas comunidades florestais não apenas dependem da floresta para a sua sobrevivência, mas também cumprem um papel fundamental em sua conservação. Do outro lado, as grandes empresas transnacionais, para quem as florestas são simplesmente uma fonte de lucros, obtidos pela extração de commodities ou pela substituição de florestas por monoculturas industriais. Nos últimos anos, as comunidades das florestas enfrentam mais uma ameaça que disputa suas terras: os projetos de REDD e outras "soluções" para a crise climática, propostas no âmbito da "Economia Verde".

 

Um exemplo claro dessa disputa é o que acontece com a Mata Atlântica no Brasil. Há 500 anos, a Mata Atlântica cobria todo o litoral brasileiro, mas agora está seriamente ameaçada. No entanto, no estado do Paraná, uma vasta área de floresta ainda sobrevive. É a maior área de Mata Atlântica em todo o mundo e lar de várias comunidades tradicionais diferentes: os caiçaras, os quilombolas e os indígenas guaranis.

 

Os estilos de vida de todas as três populações estão intimamente ligados à Mata Atlântica. A maioria delas não tem título de posse sobre a terra que ocupa nem sobre as florestas que usa. Como essas comunidades tradicionalmente coexistiram com a Mata Atlântica?

 

Cinquenta anos atrás, os fazendeiros começaram a se mudar para a região, limpando a floresta e se apropriando da terra para criar búfalos. Na década de 1990, chegaram projetos, incluindo o REDD +, que fazem parte da chamada economia verde. Qual tem sido a experiência deles com esse tipo de projeto?

 

Em 2003, com a ajuda do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a comunidade de Rio Pequeno ocupou uma fazenda. O que acontece quando as comunidades se organizar e recuperam o controle sobre suas terras?

 

Em 2012, o WRM visitou uma série de comunidades tradicionais na região, em busca das respostas delas para estas perguntas. O resultado é este vídeo, agora disponível em quatro idiomas. Fazemos um convite para que você o assista, compartilhe e/ou use em seu trabalho com as comunidades que também enfrentam a disputa de seus territórios com projetos de REDD e a "economia verde" em geral.