segunda-feira, 29 de abril de 2013

Florestas: Territ rio em disputa

 
 

Território em Disputa

A economia verde versus a economia baseada nas comunidades. Uma história dos povos da Mata Atlântica no sul do Brasil.

 

 

 

 

Estamos relançando este vídeo recente, produzido pelo Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais, que já está disponível em quatro idiomas: inglês, espanhol, francês e português. Ele fala dos impactos do REDD + e dos projetos de "economia verde" para os povos da floresta, bem de como sua luta contra esses projetos, com o objetivo de recuperar seu território.

 

O vídeo está disponível em www.wrm.org.uy

 

A Assembléia Geral da ONU proclamou o 21 de março como Dia Internacional das Florestas. Ao propor este novo dia internacional, a ONU está tentando conscientizar sobre a importância de todos os tipos de florestas. No entanto, a Organização deveria conscientizar, em primeiro lugar, sobre o fato de que as florestas, em todo o mundo, são territórios cada vez mais disputados.

 

Há dois pólos claros nessa disputa. De um lado, os cerca de 300 milhões de pessoas que dependem diretamente das florestas. Essas comunidades florestais não apenas dependem da floresta para a sua sobrevivência, mas também cumprem um papel fundamental em sua conservação. Do outro lado, as grandes empresas transnacionais, para quem as florestas são simplesmente uma fonte de lucros, obtidos pela extração de commodities ou pela substituição de florestas por monoculturas industriais. Nos últimos anos, as comunidades das florestas enfrentam mais uma ameaça que disputa suas terras: os projetos de REDD e outras "soluções" para a crise climática, propostas no âmbito da "Economia Verde".

 

Um exemplo claro dessa disputa é o que acontece com a Mata Atlântica no Brasil. Há 500 anos, a Mata Atlântica cobria todo o litoral brasileiro, mas agora está seriamente ameaçada. No entanto, no estado do Paraná, uma vasta área de floresta ainda sobrevive. É a maior área de Mata Atlântica em todo o mundo e lar de várias comunidades tradicionais diferentes: os caiçaras, os quilombolas e os indígenas guaranis.

 

Os estilos de vida de todas as três populações estão intimamente ligados à Mata Atlântica. A maioria delas não tem título de posse sobre a terra que ocupa nem sobre as florestas que usa. Como essas comunidades tradicionalmente coexistiram com a Mata Atlântica?

 

Cinquenta anos atrás, os fazendeiros começaram a se mudar para a região, limpando a floresta e se apropriando da terra para criar búfalos. Na década de 1990, chegaram projetos, incluindo o REDD +, que fazem parte da chamada economia verde. Qual tem sido a experiência deles com esse tipo de projeto?

 

Em 2003, com a ajuda do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a comunidade de Rio Pequeno ocupou uma fazenda. O que acontece quando as comunidades se organizar e recuperam o controle sobre suas terras?

 

Em 2012, o WRM visitou uma série de comunidades tradicionais na região, em busca das respostas delas para estas perguntas. O resultado é este vídeo, agora disponível em quatro idiomas. Fazemos um convite para que você o assista, compartilhe e/ou use em seu trabalho com as comunidades que também enfrentam a disputa de seus territórios com projetos de REDD e a "economia verde" em geral.

 

 

 

 

 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

VIII Seminário Internacional sobre Remediação e Revitalização de Áreas Contaminadas.



O Instituto Ekos Brasil organiza e realiza o mais importante evento internacional de discussão de tecnologias e conceitos de remediação e revitalização de passivos ambientais e áreas contaminadas que acontece no Brasil: o VIII Seminário Internacional sobre Remediação e Revitalização de Áreas Contaminadas.


Em sua 8ª edição, o Seminário traz este ano para o Brasil especialistas internacionais vindos da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Holanda e México para um ciclo de 25 palestras com apresentações de painéis finalizados com mesas redondas.


A programação do seminário inclui ainda, sessão com 36 pôster científicos e uma feira de negócios. Este evento será uma grande oportunidade para a troca de experiências entre agentes públicos e privados, brasileiros e estrangeiros, objetivando fomentar as principais discussões sobre os temas propostos.


Blocos Temáticos Seminário


Para esta edição já temos confirmado a participação de organizações como Dupont, Golder Canadá, Arcadis, Departamento de Proteção ao Meio Ambiente de Stuttgart, Alemanha, CH2M Hill, Geoclock, Clariant entre outras para abordarem os temas:

  • Estudos de Casos Brasileiros e Internacionais
  • Avaliação de Tecnologia in Site
  • Brownfields Redevelopment
  • Estratégias de Remediações
  • Intrusão de Vapores
  • Determinação de Áreas Fonte através de Isótopos


Feira de Negócios


Em paralelo ao Seminário acontece a feira do setor que este ano conta com mais de 12 empresas nacionais e internacionais participantes.


  • Adventus
  • Anatech – Anatilitical Technology
  • Aragon Sondagens
  • Bachema
  • Beacon
  • Bioagri
  • Bioensaios
  • Cox-colvin Associates
  • Erthsoft
  • Envirologek
  • FMC- Districhem
  • Fugro
  • Microbialinsights


Cursos


No dia 24 de outubro acontecerão dois mini cursos ministrados por palestrantes internacionais.


Curso 1




Curso 2


· Framework and Solutions for Adressing Contaminated Sediments
by Barbara Wenick, Golder Associates Ltd.



Programação completa acesse o site: www.ekosbrasil.org/seminario



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Uma São Paulo que desejo


Dentro do conceito da campanha “Eu voto sustentável” sugiro que os eleitores cobrem dos candidatos a adoção de compromissos para cidades mais sustentáveis. Precisamos estar alertas ao processo eleitoral e ver muito bem em quem votar. Façam uma pauta de compromissos dos candidatos e perguntem se eles se comprometem com os pontos da pauta. Vamos exigir compromissos por escrito.

Quero, sobretudo, condições ambientais e bem estar social que são fatores que influenciam saúde da população. Quero um município saudável que melhora, de modo contínuo o meio ambiente físico e social e que realize a promoção da saúde por meio de investimentos em qualidade de vida e da melhora nas condições de habitação.

Quero líderes políticos e organizações locais lutando e se comprometendo a melhorar de forma contínua e progressivamente as condições de saúde e a qualidade de vida dos habitantes da cidade.

Quero melhoria no saneamento, na qualidade do ar, nas condições climáticas e na conscientização para o consumo de alimentos saudáveis, na redução do álcool e em políticas para diminuir a criminalidade.

Quero a limpeza da cidade e o aumento da coleta de lixo reciclável e também o incentivo do uso de bicicletas como meio de transportes. Quero mais investimentos em transportes públicos. Mais árvores, mais calçadas verdes e sustentáveis. Quero evitar e reduzir os resíduos e aumentar a reutilização e a reciclagem, com inclusão social das cooperativas de catadores e recicladores.

Quero evitar desperdícios de energia, melhorar a eficiência energética e incentivar a autossuficência e também que o governo adote uma política rigorosa de compras públicas sustentáveis.

Eu quero e espero que todos nós eleitores também possam querer promover ativamente a produção e o consumo sustentáveis, incentivando e regulamentando cadeias produtivas com certificações, rótulos ambientais, produtos orgânicos, éticos e de comércio justo.

Eu voto sustentável e escolherei o candidato disposto a repesar a economia e as fontes de energia de nossa cidade, para melhorar a mobilidade e a educação e desta forma preparar uma base sólida para as futuras gerações.

Ou o candidato recicla suas ideias ou nós reclicaremos nosso voto!





quarta-feira, 9 de maio de 2012

Seja um Conselheiro de Meio Ambiente


Durante a 11ª Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas da Cidade de São Paulo, evento preparatório para a Rio + 20 que ocorreu nesta terça-feira, 8 de maio, no Memorial da América Latina, foi lançada a campanha “Seja um Conselheiro de Meio Ambiente”, com o objetivo de divulgar a existência e as ações dos Conselhos Regionais de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz e dos Conselhos Gestores de Parques da Cidade de São Paulo. Eleitos pela sociedade civil e indicados pelo poder público, os representantes dos três primeiros conselhos têm o papel de engajar a população na discussão e na formulação de propostas socioambientais em cada uma das subprefeituras.
Modelos de aproveitamento pneus velhos expostos na área externa do Memorial  da América Latina
Modelo de calçada/pavimento ecológica desenvolvido pela Associação Brasileira de Cimento Portland
Máquinas que reciclam podas de árvores

Veta (TUDO) Dilma O movimento "Veta tudo, Dilma", realizado pelo Greenpeace contra o Código Florestal, imprimiu ontem (8/5) sua mensagem em letras garrafais em uma projeção a laser em Brasília. As frases "Veta tudo, Dilma", além de "Desmatamento zero já", pintaram os prédios gêmeos da Câmara dos Deputados e do Senado. A atividade faz parte de uma mobilização popular para que a presidente recuse o ataque ruralista às florestas. O Planalto já recebeu o projeto de lei de alteração do código, e a presidente tem até o dia 25 para decidir o que fazer. VETA - pelo menos alguma coisa - DILMA!

 Suco de uva orgânico chega ao mercado 
Já está disponível no mercado o novo suco de uva orgânico da Vinícola Salton. Elaborado a partir da variedade Bordô, o produto é proveniente de vinhedos localizados na Serra Gaúcha e auditados por empresa sob o controle do Ministério da Agricultura. Foram produzidos e engarrafados 68 mil litros de suco, resultado da safra excepcional registrada neste ano na região. A partir de agora, o suco orgânico da Salton encontra-se à disposição dos consumidores na loja oficial da vinícola, localizada em Bento Gonçalves, e também em pontos de venda especializados em produtos naturais. Rico em compostos bioativos capazes de diminuir o dano causado pelo estresse oxidativo no organismo, o suco da Salton enquadra-se em rigorosos códigos internacionais de produção de orgânicos. Além de saudável, o produto conta com um rótulo que remete ao pensamento sustentável. Desenvolvido pela agência AG 21, o design faz referência ao papel reciclado e mostra um cacho de uva moderno e estilizado. Saboroso, o suco orgânico auxilia na prevenção de doenças e age como estimulante de diversas funções do corpo. Constitui também a base de remédios farmacêuticos para o fígado e é um poderoso digestivo, acelerando o metabolismo e proporcionando muita energia. 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Caminhos, desafios e descaminhos da Agenda 21


A agenda 21 foi elaborada com o propósito de oferecer alternativas de amplas ações em busca de um desenvolvimento sustentável. A agenda nasceu no evento Rio-92. Estamos entrando na Rio+20 e pouco ou quase nada foi realizado em nossa região. A chamada Agenda Local nunca foi prioridade.
Esperava-se, assim, que, nos oito anos que separavam a Rio-92 do terceiro milênio, os governos pudessem executar seus compromissos, estimular os demais atores sociais a discutir e propor soluções sustentáveis. O êxito da Agen­da 21 e do ideário da sustentabilidade depende da construção coti­diana, portanto no presente, das propostas idealizadas para o futu­ro.
Deveríamos de forma sistemática, em plenárias nas regiões ou nos distritos discutir:

1) Espaço e condições de moradia - Como estão as condições para morar na área observada?  Existem casas ou prédios de apartamentos construídos em lotes bem definidos e regularizados? Existem córregos, represas, encostas com alta declividade etc.? Houve ou ainda está havendo desmatamento recente na periferia? Existem moradores de rua, que vivem na área? A criminalidade é grande na região? O policiamento é visível e a ação da polícia, em geral, é sentida na área? A população local está satisfeita sob este aspecto?

 

2) Tratar bem da saúde/ física e mental - Na área observada, a população está satisfeita com atuação das autoridades públicas com relação à saúde? Existe alguma iniciativa da comunidade, voltada especificamente para a questão da saúde?

 

3) Sistema viário e transportes - Ir e vir é uma necessidade e um dos direitos fundamentais para a vida das pessoas. Os caminhos e os meios de locomoção, dependendo de como forem implantados, podem facilitar a ocupação dos espaços adequados, de forma a atender os interesses da população ou, tornarem-se fatores de degradação do meio ambiente.

 

4) Emprego e alternativas de trabalho - Os locais de trabalho existentes na área demonstram preocupação com a boa qualidade ambiental? As pessoas desempregadas da região estão conseguindo empregos com facilidade?

 

5) O espaço e a vez do lazer - Existem espaços e equipamentos de lazer na área? São de boa qualidade e em quantidade suficiente? A população local é incentivada e recebe algum tipo de orientação para aproveitar esses espaços?

 

6) A memória e a cultura em função de um futuro melhor - Quais são os locais, que melhor representam o bairro observado (prédios, praças, monumentos etc.)? Eles estão bem conservados? Existem equipamentos e iniciativas na área cultural, acessíveis à população do bairro ou região?

 

7) Educação e educação ambiental - Existem equipamentos de educação, públicos e gratuitos, à disposição dos moradores, na área observada? As entidades e movimentos sociais têm iniciativas neste sentido?


A Agenda 21 serve como mote e instrumento fundamental para transformações, desde que os atores sociais que dela queiram se utilizar es­tejam conscientes desse po­tencial, dos objetivos e da di­nâmica que dela poderá surgir. A enorme amplitude programática da Agenda 21, com múlti­plos temas, ações e atores, constitui sua força potencial, por ofe­recer um conjunto de alter­nativas direcionadas para um futuro pas­sível de construção no presente. Mas não basta sonhar, precisamos agir.­


quarta-feira, 14 de março de 2012

Chuvas fortes e quedas de árvores


As chuvas estão cada dia mais fortes e com elas o medo da queda de árvores apavora muitas pessoas.mas cuidado Podar ou cortar árvores sem autorização da Prefeitura, assim como aplicar maus-tratos a elas, é crime ambiental.

Precisamos de cuidados especiais para prevenir as ocorrências de queda de árvores durante o período do verão. São ocorrências comuns na cidade de São Paulo. Engana-se, no entanto, quem pensa que os temporais e as ventanias são os únicos responsáveis por esses acontecimentos. Vários fatores como o plantio incorreto, cupins, fungos apodrecedores, corte de raízes e idade do vegetal que somados à temporada das chuvas, levam as árvores ao chão, causando prejuízos materiais e, em alguns casos, perdas de vida.

Para o leigo não é fácil identificar uma árvore que está com risco de queda e a remoção só pode ser efetuada por pessoas autorizadas como funcionários da Subprefeitura e bombeiros.

Caso perceba sinais de ataque de cupins, fungos e bactérias, apodrecimento das raízes ou poluição ou que a altura da planta está atingindo os cabos de energia elétrica, o munícipe pode fazer uma solicitação de serviço por meio da Central de Atendimento 156, na Praça de Atendimento da Subprefeitura ou pelo  site da Prefeitura (SAC).

Após a solicitação, o Engenheiro Agrônomo da Subprefeitura verifica se a árvore está com alguma doença ou praga e, dependendo da avaliação, solicita a poda ou o corte da planta. O serviço é realizado após a publicação no Diário Oficial do Município.

Quando o plantio é bem planejado, as árvores vivem por muitos anos, décadas e sempre estão se renovando na primavera. Uma árvore com boa saúde e regularmente tratada e adubada não apresenta perigo.
 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Tempo de visitar o Parque Fontes do Ipiranga



Aqui, bem perto das nossas casas encontramos o Parque Estadual Fontes do Ipiranga que é o maior parque metropolitano do estado de São Paulo. O antigo Parque da Água Funda tem sua origem no século XIX, precisamente em 12 de setembro de 1893 e possui uma área de 5, 43 milhões de metros quadrados onde se encontram preservados segmentos da floresta remanescentes de Mata Atlântica.

È nesta área que encontramos a Fundação Parque Zoológico de São Paulo que desde a sua abertura em 1858 já recebeu mais de 85 milhões de visitantes. O Zoológico é uma oportunidade de apreciar a diversidade da fauna e criar um vínculo universal com a natureza e de certa maneira promover a conscientização das pessoas sobre as diversas formas de vida na Terra. É no Zoológico que se encontra a nascente do Riacho do Ipiranga.

Um lugar pouco conhecido e que merece ser visitado é o Parque CienTec, órgão vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo que oferece entretenimento educativo e de qualidade para crianças, jovens a adultos. Por meio de seus diferentes passeios, demonstrações e experiências, a ciência e a tecnologia ficam muito mais próximas do visitante, que aprende enquanto se diverte e se diverte enquanto aprende. Programas educacionais orientados e um ambiente privilegiado e circundado por Mata Atlântica permitem ao Parque CienTec oferecer aos seus visitantes uma alternativa moderna para o aprendizado da ciência, da tecnologia e da cultura humanística em geral.

Encontramos também o Jardim Botânico. A área do parque evidência suas qualidades e riquezas naturais que o coloca ainda como referência na área dos conhecimentos científicos voltados para a botânica e a zoologia. O antigo Horto Botânico foi instalado no PEFI na década de 1920. Hoje denominado Jardim Botânico é uma unidade de preservação onde o visitante poderá conhecer um pouco mais sobre as plantas e passar horas agradáveis em contato com a natureza.

Ao lado do Zôo podemos visitar o parque Simba Safári criado em 1972, em área cedida pela Fundação Parque Zoológico para a iniciativa privada. Recentemente a concessão encerrou-se e a Fundação Parque Zoológico assumiu as atividades, alterando o sistema de gestão e a denominação para Zôo Safári. Lá não há jaulas ou grades separando os animais dos visitantes e o passeio é realizado dentro dos carros.