quarta-feira, 29 de junho de 2011

Calçadas acessíveis e verdes

Andar pelas calçadas da cidade é um grande desafio. A cartilha da Prefeitura de São Paulo seguindo a Lei 13.646, de 2003 diz que devemos fazer as calçadas verdes em locais onde não ocorre fluxo muito grande de pedestres. Segundo a cartilha as faixas ajardinadas não devem possuir arbustos que prejudiquem a visão e o caminho do pedestre e que não se esqueçam da acessibilidade!

Tentamos estar comprometidos com o meio ambiente mas às vezes nos esquecemos das pessoas com deficiência ou com dificuldade de locomoção, tais como idosos e gestantes que precisam ter acessos seguros às calçadas. Devemos pensar no espaço de circulação juntamente com os equipamentos que as acompanham. O piso nesta questão é fundamental e daí a utilização do piso intertravado se constitui num problema.

A calçada verde não é remédio para todos os males, mas dá um ar harmonioso e embeleza mais a cidade e principalmente, ajuda na drenagem das águas As calçadas verdes contribuem para uma variação de temperatura menor e consequentemente uma população mais saudável.

O que devemos pensar é na melhoria da qualidade ambiental da cidade respeitando seus limites. Devemos ter calçadas verdes, sustentáveis, culturais, saudáveis e mobiliadas, mas não estes verdadeiros Muros de Berlim que encontramos em cada caminhada ou as crateras imensas que temos que desviar. E o que falar das ruas em que cada morador constrói uma rampa de acesso à garagem e assim impede o livre acesso do cidadão?

Temos que iniciar uma campanha, aqui no Ipiranga, de melhorias das calçadas e em cada lugar devemos respeitar as características do passeio. Onde der para plantar árvores de forma organizada, trepadeiras em muros ou arbustos no alargamento das calçadas nas esquinas, que façamos! O conjunto destas ações ajuda na melhora no controle da temperatura. Onde for possível a calçada saudável para a prática de esportes, que façamos!

Gilberto da Silva
econotas@partes.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2011

Oração pela sustentabilidade

Senhor,
Fazei de mim, não apenas um eco-chato, mas dê-me a força para fazer algo de bom para o planeta. Que o equilíbrio medeie nossas ações e nossas relações. Não me transforme num super-herói, nem num exemplo. Que eu seja apenas um entre muitos a semear a biodiversidade, a cultivar a sustentabilidade e praticar a cultura de paz.
Se o aquecimento é global, conceda-me uma planta para plantar, um jardim para cuidar, uma flor para distribuir. Enquanto há luz, forneça-me razões para economizar, brilho para inventar, saúde para criar.
Fazei-me de mim um instrumento de ação cotidiana.
Permita a todos o poder de fazer o bem. Que façamos nossas cisternas, arborizemos nossas praças e cuidemos dela. Consinta que zelemos por nossas ruas, nosso ar, nossos córregos e rios.

Senhor,
Escute nossas críticas, mas ouça nossas propostas.  
Não deixe que a ociosidade penetre em nossos corações e não nos permita ser enganados. Que meus atos sejam políticos todos os dias em prol da sustentabilidade. Que eu seja mais humano, mais generoso. Que eu possa praticar o bem sem que seja por mera obrigação.
Que eu possa ver a beleza, onde hoje só enxergo a feiúra e a devastação.

Senhor,
Não deixai que o consumismo invada meu coração. Não deixai que o lixo invada nosso universo e muito menos nossa alma.
Que eu possa salvar apenas uma espécie no planeta: dessa forma já contribuirei com a diversidade. Que eu possa não apenas falar, mas agir. Que eu possa não apenas lamentar, mas propor: assim minha parte da Agenda 21 será cumprida. Que eu possa não apenas reclamar, mas trabalhar. Que eu possa a cada dia ajudar de forma proativa no desenvolvimento sustentável.
Dê-me forças para lutar sempre. Você perdoa, a natureza não.

Gilberto da Silva
econotas@partes.com.br

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cades Ipiranga

O Conselho de Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente e Cultura de Paz (CADES) da região do Ipiranga está com novos membros da sociedade civil. Os eleitos vão trabalhar com propostas para defesa do Meio Ambiente.  Além do Denival, temos os seguintes conselheiros civis: o sempre atuante Celso Henriques de Paula; a jovem ambientalista Rita Juliana de Oliveira; o comerciário Paulo Evaristo dos Santos Geraldo; a jornalista Maria Fátima Chueco Bonvino; o ex-supervisor de esportes Fernando de Jesus Ribeiro; a funcionária pública Marina de Paula Marcon Guidoni e o advogado Nelson da Silva Junior.

Asubprefeita Vitória Brasília de Souza Lima entregou em dezembro pessoalmente o diploma de posse e parabenizou a todos pelo desempenho eleitoral

Juntos com representantes de diversas secretarias municipais, os conselheiros civis compõe um fórum cujo objetivo é executar ações que contribuam para a melhoria da qualidade socioambiental da região e colaboram na formulação de políticas públicas para a proteção ambiental e na implantação de programas que fomentem a cultura de paz e a implementação da Agenda 21 Local.

Aprimeira reunião foi realizada no dia 26 de janeiro de 2011, e a segunda no dia 02 de fevereiro. As reuniões são mensais e aberta para toda a participação da população.

O Cades é um órgão consultivo e deliberativo, que integra sociedade civil e poder público, na busca de ações e atividades visando, entre outras atribuições, receber propostas e denúncias a serem encaminhadas dentro de questões relacionadas à preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meioambiente.

As próximas reuniões serão realizadas em março, dia 02; abril, 06; maio, 04; junho  01; julho,  06; agosto, 03; setembro,14; outubro, 05; novembro,09 e dezembro, 07. Sempre às quartas-feiras, das 19h00 as 21h00 na subprefeitura Ipiranga, Rua Lino Coutinho,444

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Enchentes e pequenas ações


Reciclagem
Existe uma estreita relação entre pobreza e degradação ambiental, e a sociedade precisa desenvolver estratégias e programas que auxiliem na erradicação e mitigação da pobreza.  Com a maximização da reciclagem de material usado estaremos contribuindo para a redução indiscriminada da extração de matéria prima e diminuindo a devastação e degradação do ambiente. Assim como num processo educacional e pedagógico, devemos trabalhar para reduzir o volume de lixo produzido numa sociedade marcada pelo desperdício no dia a dia.

Enchentes
No processo de ocupação do solo urbano os interesses particulares sempre prevaleceram sobre os interesses públicos, com isto, ganhou a especulação e perdeu a população. À procura de lotes mais baratos os menos favorecidos ocuparam as margens dos córregos. As águas dos rios foram determinadas pala natureza e não pelas ações humanas, portanto cheia ou enchente é um fenômeno natural. Córrego não é o depositário final de entulhos!

Boas ações
Precisamos de mão na massa e boas ações. As escolas devem estar empenhadas na luta pela conservação e educação ambiental. Na busca da perfeita dimensão proporcionada pelas belas ações de conscientização de seus alunos e familiares sobre o Meio Ambiente. Preparar as futuras gerações para enfrentar o desafio ambiental é questão prioritária. Precisamos da esperança de um futuro melhor estampada nas novas gerações.

Piscinões
A ideia, que não é nova, existe desde a década de 20, quando o engenheiro Saturnino de Brito ao ter a compreensão da necessidade das bacias de contenção, chegou a propor dois grandes reservatórios no rio Tietê.

Autorresponsabilidade

O melhor caminho para minimizar o problema do lixo no futuro é promover a autorresponsabilidade. O conceito é tão coerente que parece absurdo não ser estabelecido como regra absoluta.
Por essa ideia, todas as empresas são obrigadas a assumir seus produtos até o final da existência dos mesmos.

Gilberto da Silva
econotas@partes.com

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Talentos verdes e inovações tecnológicas


Talentos verdes
A Ministra Federal Alemã de Educação e Pesquisa, Professora Annette Schavan, premiou no dia 2 de novembro, dois jovens pesquisadores brasileiros pelo seu trabalho com o prêmio internacional de sustentabilidade “Green Talents - Fórum Internacional para Alunos de Grande Potencial no Desenvolvimento da Sustentabilidade 2010”.  Segundo a ministra “o objetivo do concurso é desenvolver a cooperação internacional para que possamos em conjunto contribuir para soluções sustentáveis que combatam as alterações climáticas e protejam o meio-ambiente”.

De um total de 234 jovens cientistas de 57 países dois brasileiros se destacaram. Janaína Accordi Junkes está atualmente fazendo o seu doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis e impressionou o júri com a sua pesquisa na utilização de resíduos industriais, como o lodo de estações de tratamento de água potável na fabricação de revestimentos cerâmicos. Daniela Morais Leme, estudante da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Rio Claro, foi premiada pela sua pesquisa na área de poluição ambiental, por avaliação de águas de solos contaminados com biodiesel e suas misturas ao óleo diesel.

Inovações tecnológicas
Segundo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho a necessidade das inovações tecnológicas promovidas pela indústria brasileira devem valorizar a sustentabilidade ambiental e esta “inovação deveria ter um viés pró-exportação e valorizar um ingrediente brasileiro diferenciado, que é a sustentabilidade. O Brasil tem matriz energética limpa, novas formas de energia e capacidade de desenvolver produtos com certificação verde, ambiental. Precisamos tirar proveito também de inovação com sustentabilidade ambiental e ter competência em comunicar isso para o mundo”, afirmou.
Para o presidente do BNDES “a inovação é necessária para a competitividade e aumento da presença do Brasil nos mercados globais em que temos vantagens”.

O líquido precioso
O Brasil detém 12% do total da água doce do planeta. É a maior reserva mundial.
O índice de perda total de água tratada e injetada nas redes de distribuição varia de 40% a 60% no Brasil. O motivo: tubulações antigas, os "gatos" (ligações clandestinas), vazamentos e desperdícios como o velho hábito de lavar carros e calçadas, banhos prolongados de chuveiros e descargas sanitárias antigas (liberam de 18 a 20 litros de água, enquanto que as modernas liberam 6 litros).
Há também o desperdício na agricultura (nos processos de irrigação) e nos centros urbanos o descaso com a poluição provocada por lixões, esgoto urbano etc.

Gestando consumidores conscientes
Desde que nascemos somos encarados como consumidores. Minto, desde que somos gerados. Somos ao longo da nossa jornada criados para consumir. A cidadania deve ser gerada com consciência.

Salvação
Salvar o planeta e a humanidade. Devemos juntar as respostas para necessidades sociais e aos danos ecológicos e transformá-las em políticas públicas. A combinação destas duas vertentes servirá para transformar a sociedade contemporânea. Reformas devem ser prioritariamente e simultaneamente sociais e ecológicas. Esta tarefa, porém, parece ser muito complexa nos círculos políticos e industriais. Mas há salvação.

Gilberto da Silva
econotas@partes.com.br

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Umapaz lança campanha ‘Silvestre não é PET'

A campanha ''Silvestre não é PET'' tem como objetivo desestimular a população a comprar animais silvestres. Por meio de orientação e informação, a campanha mostrará como os animais sofrem maus tratos durante sua captura e o prejuízo para o meio ambiente.A campanha visa conscientizar e informar a população, desestimulando a compra de animais silvestres no País.
Biodiversidade em São Paulo
A
Secretaria Municipal do Verde divulgou, neste ano, uma listagem com 700 espécies de animais silvestres observadas em áreas verdes na capital paulistana. A listagem é o ponto de partida para a elaboração de planos de manejo e de conservação de áreas verdes, sendo importante ferramenta para o monitoramento ambiental. O Inventariamento Faunístico em Áreas Verdes do Município de São Paulo é realizado pela Divisão de Fauna da Secretaria desde 1993.
Foram computadas 700 espécies, uma riqueza surpreendente para a cidade mais populosa da América do Sul, condição em que justamente o oposto é o mais esperado. As espécies estão distribuídas em três grupos de invertebrados e cinco grupos de vertebrados.

Automóvel
O Salão do Automóvel de Paris revelou ao público uma nova estratégia: associar carros elétricos e híbridos à ideia da esportividade e alto desempenho.  As montadoras apostam em estilo, luxo, tecnologia e desempenho para voltar a seduzir os consumidores e fortalecer uma tendência: os carros high tech ou movidos a energias alternativas.
Academias para idosos
Nossas áreas verdes estão sendo revitalizadas e, com isso, ganham academias adaptadas para idosos com diversos aparelhos para a prática saudável de exercícios.
Adaptados para idosos, os aparelhos de ginástica também atraem jovens e servem de palco para aulas de ginástica.

Reciclagem
Nada se perde tudo se cria, ou se recria. Reciclar é economizar energia, poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora.  A reciclagem traz os seguintes benefícios: contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar; melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da população; prolonga a vida útil de aterros sanitários; melhora a produção de compostos orgânicos; gera empregos para a produção não qualificada; gera receita com a comercialização dos recicláveis; estimula concorrência, uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados são comercializados em paralelo aqueles gerados a partir de matérias primas virgens; contribui para a valorização da limpeza pública e para formar uma consciência ecológica.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A pequena empresa e a sustentabilidade

Gilberto da Silva

As pequenas empresas podem fazer muito para ajudar a implantar políticas e práticas sociais e de sustentabilidade. Bom lembrar que os micros e pequenos empreendimentos representam 99% das empresas brasileiras e empregam mais de 50% da mão de obra nacional, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) organização que busca trabalhar a questão ambiental nas empresas. 

Através de pequenas ações como a racionalização do processo produtivo tomando medidas para diminuir o desperdício de matéria-prima e na luta pela racionalização do uso da água e energia elétrica, diminuindo o consumo e com reflexos no custo dos seus produtos e serviços.

As empresas podem trabalhar para reduzir o impacto ambiental no controle da destinação dos efluentes líquidos e dos resíduos sólidos, controlarem as emissões aéreas (gases, poeira e fumaça) e diminuírem o ruído durante o processo produtivo.
Aos poucos as pequenas empresas vão descobrindo que é possível ganhar dinheiro, gerar lucro sendo ambientalmente responsável e por tabela melhorar a sua imagem no mercado. Panificadoras, oficinas mecânicas, gráficas, pequenas lojas de autopeças e pequenas fábricas podem ao aplicar conceitos de sustentabilidade que visem uma produção mais limpa e eficiência energética, ampliarem a sua rentabilidade.

As pequenas empresas podem promover noções de consumo consciente entre os funcionários e realizar a coleta seletiva do lixo; trabalhar na substituição de ventiladores por filtros movidos a energia eólica e aperfeiçoar o processo de uso e despejo de óleo ou melhorando o processo de separação de metais e papéis.

Tudo em sintonia com o orçamento da empresa. Custo em sintonia com o orçamento. Nada que possa estourar e tornar impossível uma ação que está ao alcance de todos. Um modelo de negócio sustentável deve estar em consonância com a preservação e recuperação ambiental, com a justiça social e a cultura local.